Sim, nós vamos falar sobre desejo e sexo depois dos 60 anos. O assunto, chega a ser constrangedor para algumas pessoas e também é visto com reprovação pela sociedade, que enxerga a velhice como incapacidade. Há ainda a crença de que a fase de vivenciar a sexualidade é a juventude, época adequada para a procriação.
Os médicos geriatras são unânimes em dizer que a vida sexual ativa na terceira idade aumenta a sensação de bem estar, melhora a qualidade do sono e a autoestima. O hábito regular, seja na frequência que for, eleva os níveis de hormônios, como a ocitocina, que ajuda a reduzir o stress, e aumenta os níveis de imunoglobulinas, responsáveis pelo combate a infecções.
Contudo, é necessário entender as transformações que fazem parte do processo de envelhecimento. Com o passar dos anos, as mudanças no corpo podem intervir bastante no aspecto sexual.
ALTERAÇÕES ESPERADAS NO ENVELHECIMENTO PARA MULHER E PARA O HOMEM
Entre as mulheres conforme a idade avança, o interesse pela relação sexual diminui drasticamente após a menopausa. Fatores como as doenças físicas limitantes as osteoartropatias ( afetam os ossos e articulações) doenças cardíacas , emocionais caso da depressão e ansiedade e principalmente a diminuição da libido, juntamente com a atrofia vaginal, afetam a sexualidade das senhoras. Quando elas expõe o problema ao ginecologista reclamam de dor e desconforto, por falta de lubrificação vaginal, sem saber que o incômodo pode ser resolvido, com cremes a base de hormônios.
Já nos homens idosos, o padrão de sexualidade é um dos componentes essenciais para a qualidade de vida, mas assim como as senhoras há diminuição de motivação ( embora seja menor) frequência e desempenho. A ereção é mais demorada, normalmente conseguida com estimulação direta prolongada. A impotência ou disfunção erétil é de longe a questão sexual que mais aflige a população masculina. Com o passar dos anos há um declínio natural das taxas de testosterona que acabam por determinar essas alterações.
ALERTAS PARA AMBOS OS SEXOS
– segundo os especialistas, medicamentos contra impotência sexual devem ser usados com orientação médica, pois existem riscos se a pessoa for portadora de doenças cardiovasculares;
– quem está na terceira idade deve realizar atividades mentais, físicas e sexuais regularmente. A abstinência sexual pode ser prejudicial à manutenção da tonicidade, da elasticidade, da lubrificação vaginal e do interesse pelo sexo. Em mulheres sexualmente ativas, por exemplo, foi observado menos atrofia vaginal do que em mulheres inativas, pois a atividade mantém a qualidade da irrigação sanguínea nesta região;
– é importante que os idosos busquem orientação de ginecologista, urologista ou geriatra para que a atividade sexual não prejudique a saúde e seja feita de forma segura.
SEXO COM AFETIVIDADE
Tanto homens quanto mulheres apresentam um estado emocional mais saudável quando estão envolvidos em relacionamentos íntimos onde prevalece o carinho e afeto.
A sexualidade, não é expressa somente pelo ato sexual, assim como sexo nem sempre significa penetração. Existem várias maneiras de dar e receber prazer. Portanto, mesmo com as limitações tais como, queda hormonal ou falta de ereção, a atividade sexual na terceira idade apenas se modifica mas não se encerra.
Em sua maioria, os idosos se relacionam sexualmente com a parceira de casamento e neste caso a cumplicidade é uma grande aliada. Uma conversa agradável, boas lembranças da intimidade do casal e novas experiências podem desencadear substâncias químicas no cérebro e levar à excitação. Viajar, experimentar outras posições ou lugares, por exemplo, são ótimas alternativas e ajudam a despertar o desejo para o sexo na terceira idade.
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Referências :
ogeriatra.com.br
leonardoortigara.com.br
uol.com.br
portaldoenvelhecimento.com.br
otempo.com.br
bbc.com.br